A proposta para a residência surgiu a partir de uma demanda
muito peculiar, o acentuado aclive da topografi a.
A partir do perfi l natural, com inclinação aproximada de 20%, e
algumas demandas da legislação local, desenvolvemos alguns
estudos base que se materializariam na residência da colina.
De acordo com as normas locais, não poderiamos ultrapassar
1,5m de altura, com relação a cota da rua. Sendo assim,
dispomos a garagem a 75 centímetros de altura com relação
a via, e suspendemos todo o programa, de modo que parte
se projetasse acima da garagem e outra parte se apoiasse no
terreno.

O movimento posterior foi subtrair partes dessa volumetria, para
que os jardins pudessem invadir o edifício e garantir, a arquitetura,
harmonia com a natureza e, aos habitantes, relação de maior
proximidade com o a escala bucólica.
O programa foi então resolvido de forma simples, aonde o bloco
suspenso, voltado para a rua, concentra os aposentos e o bloco
posterior, apoiado no terreno, concentra os demais ambientes.
Toda a circulação da residência foi disposta entre os blocos,
na parte central da volumetria, circundando o rasgo por onde
árvores e arbustos emergem, de modo que sempre ao circular
pela morada, os habitantes tenham a dicotomia entre o que
está efetivamente dentro e o que está fora.
A intenção arquitetônica é diluir as barreiras entre arquitetura e
paisagem.